17 setembro 2009

“Serei um deputado para Aveiro e por Aveiro”

Entrevista de Edgar Jorge, cabeça de lista do PND em Aveiro, ao Beira Vouga

Sever do Vouga tem pela primeira vez um cabeça de lista nas Legislativas. Nas eleições para a Assembleia da República, Edgar Jorge, 39 anos, gestor, está em primeiro na lista da Nova Democracia (PND). O também Presidente da Junta de Freguesia de Cedrim refere ao Beira Vouga as motivações que o levaram a aceitar esta candidatura, o que pretende para o distrito de Aveiro e as vantagens que Sever do Vouga e o distrito terão se for eleito deputado.
“O meu nome foi indicado pela unanimidade da Coordenação Distrital de Aveiro da Nova Democracia, da qual faço parte, para encabeçar a lista do partido nestas Legislativas. Sempre defendi que o distrito de Aveiro, apesar de contribuir fortemente para a riqueza do país, não tem tido a melhor atenção e por isso resolvi aceitar o convite para denunciar esta situação”, explica Edgar Jorge.
Para o candidato a deputado, “as gentes do distrito de Aveiro são gentes de trabalho que sabem aproveitar os recursos naturais, de forma sustentada, para o enriquecimento do país. Mas depois estas pessoas são esquecidas naquilo que necessitam. Encerram-se serviços de saúde, como se este fosse um bem de luxo. Os grandes investimentos que se fizeram no distrito de Aveiro foram para melhorar as acessibilidades entre quem viaja de Lisboa para o Porto e na ligação para a Europa, não para beneficiar as populações daqui”.

Investimentos na agricultura, pescas e florestas

O candidato defende que os investimentos deveriam ser canalizados para a agricultura. “Em vez disso incentivaram-se os agricultores a abandonarem as terras, a deixar de produzir leite. E qual foi o resultado? Este sector foi desmantelado e a indústria do leite e dos seus derivados foi encerrando. Em Sever do Vouga tínhamos Sanfins como “A Capital do Queijo” mas os resultados das políticas destes últimos 30 anos levaram esta indústria próspera a ser desmantelada, sem contrapartidas para as pessoas que ali trabalhavam. Investe-se mais nos meios de combate aos incêndios que na sua prevenção primária que começaria pelo ordenamento florestal. Haveria produção de mais riqueza e menos desperdício de recursos. Nas pescas acontece a mesma coisa. Em vez de “comprar as couves”, a Europa pagou a Lisboa para destruir “hortas”, como a de Aveiro”.
Além de defender o investimento na agricultura, pescas e florestas, Edgar Jorge lembra as óptimas condições industriais do distrito. “É um pólo atractivo de multinacionais e o capital estrangeiro é bem-vindo se vier por bem. Mas o que verificamos é que este capital só vem para aqui devido aos incentivos do Estado, depois deslocaliza-se e atira milhares de pessoas para o desemprego. A Nova Democracia quer que os empresários do distrito tenham direito aos mesmos incentivos. É necessário criar em Aveiro pólos industriais específicos modernos que utilizem a mais avançada tecnologia. O distrito de Aveiro orgulha-se da Universidade que tem e esta poderá ser uma referência mundial no campo científico que deverá estar voltada para as empresas e para a melhoria das condições de vida das pessoas”.

Reforço da saúde

A construção imediata de dois novos hospitais no distrito (Aveiro e Águeda) e a reabertura de SAP’s (Serviços de Atendimento Permanente) em todos os 19 concelhos do distrito, durante as 24 horas diárias são outras das medidas defendidas pela Nova Democracia. “Defendemos também a criação de uma licenciatura em Medicina na Universidade de Aveiro, com as naturais sinergias da nova estrutura hospitalar. Queremos policiamento com mais autoridade e com mais proximidade dos cidadãos. Defendemos que o IC35 que ligará Penafiel (A4) a Sever do Vouga (A25) deverá manter o traçado pelo interior do distrito passando por Castelo de Paiva, Arouca, Vale de Cambra e Sever do Vouga, mas deverá ter o perfil de auto-estrada e com continuação até Coimbra (IP3), passando no interior de Águeda, Anadia e Mealhada. Deverá ser efectuada com celeridade uma ligação rápida de Arouca à A1 e uma ligação de Águeda a Aveiro e à A1. Também não descuramos os problemas ambientais da Barrinha de Esmoriz, Pateira de Fermentelos, Dunas de São Jacinto, Erosão da costa marítima e a Ria de Aveiro”.
Para Edgar Jorge, Sever do Vouga sairá vencedor se for eleito. “Entre votar em deputados que não conhecemos, que por vezes até nem são do nosso distrito, e que estão indisponíveis para nos receber, porque não votar em alguém que nos dará ouvidos às nossas justas reivindicações?”.

Cartazes do PND vandalizados



Alguns cartazes foram vandalizados em Sever do Vouga, concelho do cabeça-de-lista do partido por Aveiro, Edgar Jorge.
A Coordenação Distrital do PND-Aveiro apresentou queixa na GNR de Sever do Vouga que deteve um indivíduo do sexo masculino, de 19 anos, que alegou ter praticado aquele acto por ser contra a existência de novos partidos políticos. Elementos da Nova Democracia foram insultados na Palhaça (Oliveira do Bairro) e em Águeda. “Sinal de que estamos a incomodar alguém”, refere Edgar Jorge.
(Com a devida vénia, do jornal "Beira Vouga")

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