Foram 16 as pessoas que participaram no curso e podem agora dar um novo ânimo às terras de cultivo ou iniciar uma actividade que se avizinha cada mais rentável. Durante 12 dias úteis, os formandos, na sua maior parte mulheres, aprenderam, entre outros, técnicas de reconversão e novas possibilidades de utilização de plantas. “O que por vezes tiramos da terra para não estragar a plantação, é vendido nas cidades aos molhos. E as pessoas compram!”, afirma Helena Arede, com a admiração de quem descobriu que a agricultura biológica dá um novo sentido aos produtos da terra. Para já, pretende aplicar algumas das técnicas. “Estou muito animada e vou tentar aplicar o máximo daquilo que aprendi”, adianta.
Contornar as dificuldades enfrentadas pela agricultura tradicional, muitas vezes impostas por políticas erradas, é um dos objectivos do curso, segundo Albino Silva, da ALDA. “As políticas não têm em conta a agricultura familiar. Há apoios para a agricultura competitiva, mas esquecem da agricultura familiar”, assegura. Para Albino Silva também é importante que as pessoas pensem de um modo mais colectivo para que possam entrar no mercado. “Incentivamos as pessoas a pensarem de forma colectiva e não individualista. Mas cabe ao Ministério da Agricultura apoiar de forma individual os agricultores”, coloca a questão em cima da mesa. No dia 18 de Setembro é a vez da Junta de Freguesia de Silva Escura receber o mesmo curso.
Com a devida vénia do jornal "Beira Vouga" de 31.07.2007
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