30 março 2008

Freguesias independentes ponderam criar associação alternativa à ANAFRE

O conjunto de 292 freguesias administradas por grupos de cidadãos independentes está a ponderar criar uma estrutura paralela à ANAFRE, por considerá-la «demasiado partidarizada». O presidente da associação já desvalorizou a iniciativa.

O conjunto de 292 freguesias administradas por grupos de cidadãos independentes que não se revê na actual Associação Nacional (ANAFRE) está a ponderar criar uma estrutura paralela.
No 11º Congresso das Freguesias, que terminou este sábado no Funchal, foram apresentadas 18 moções, sendo apenas oito levadas a discussão e aprovadas, para além de terem sido eleitos os órgãos sociais da Associação, que não incluíram grupos de cidadãos independentes.
«Estávamos a propor a marcação de um congresso extraordinário que incluísse nos órgãos sociais elementos das freguesias eleitas através de grupos de cidadãos independentes, mas esta moção acabou por não ir a votação», revelou à TSF Edgar Jorge.
«Estamos descontentes e vamos ponderar a hipótese da criação de uma estrutura paralela à ANAFRE», adiantou o presidente da junta de freguesia de Cedrim, concelho de Sever do Vouga, considerando que a «ANAFRE está demasiado partidarizada».
Confrontado com estas críticas, o Presidente da ANAFRE desvalorizou-as, frisando que algumas das moções foram aceites e outras recusadas, o que mostra que a democracia está a «funcionar em pleno».
Armando Diniz Vieira preferiu centrar as atenções nos temas em debate no Congresso, afirmando que é necessária uma clarificação das competências entre municípios e freguesias e a aprovação da revisão das Leis das Finanças Locais, bem como o estatuto dos eleitos locais.
Com a devida vénia, da TSF

24 março 2008

O Pior PIDDAC dos últimos dez anos

O distrito de Aveiro, com 127,4 milhões de euros, desceu do terceiro para o quinto lugar do ‘ranking’ nacional nas intenções de investimento do Governo, de acordo com as propostas do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2007.


Lisboa, Porto, Coimbra e Setúbal são os distritos contemplados com uma verba superior a Aveiro, que registou uma quebra de 42 por cento no investimento público comparativamente com 2006 (menos 91,9 milhões de euros).
Olhando para o passado constatamos que este é o pior PIDDAC para o distrito nos últimos dez anos. Com efeito, é preciso recuar até 1996 e ao primeiro Governo de António Guterres para encontrar um montante inferior ao que é agora apresentado.
O presidente da Distrital de Aveiro do PSD, Ribau Esteves, lamentou a diminuição "muito violenta" que se registou no valor absoluto do investimento do PIDDAC no distrito de Aveiro. "É uma opção do Governo, não só no distrito de Aveiro, mas também noutros distritos, que eu discordo completamente", afirmou o social-democrata, lembrando que há "muitas promessas" que o PS fez ao distrito de Aveiro que carecem de ser cumpridas.
O autarca do PSD critica também a opção de gestão do País. "O Governo continua a optar por baixar – e desta vez abruptamente - o investimento público quando devia estar a cortar fortemente na despesa do funcionamento do Estado".
Distrito vive momento de viragem
Por seu lado, o presidente da Federação Distrital do PS, Afonso Candal, diz que há uma diferença "substancial" entre o PIDDAC de 2007 e o dos anos anteriores. "O PIDDAC de 2007 tem um grau de regionalização muito inferior ao dos anos anteriores. Ou seja, há muitas obras - exactamente 55 por cento do PIDDAC – que não estão distribuídas pelos distritos e que representam um volume financeiro muito elevado.
Quanto ao distrito, Afonso Candal diz que Aveiro está a viver um "momento de viragem" em termos de grandes obras.
"Por um lado, temos algumas obras de envergadura que estão em fase final e que não contam para 2007 com o volume de verbas que já contaram para anos anteriores, como a modernização da linha ferroviária do Norte e o enterramento da linha ferroviária em Espinho. Por outro lado, há as obras novas que estão a arrancar e que a seu tempo terão um volume de verbas bastante superior àquele que têm agora, como a ligação ferroviária ao porto de Aveiro", justificou.
Afonso Candal considera ainda que esta é uma discussão "ilusória", argumentando que a definição de projectos em sede de PIDDAC "não vincula em nada o Governo". "Nada obsta a que obras que não constam no PIDDAC sejam feitas e nada obriga a que obras que constam no PIDDAC o sejam", esclareceu.
Ferrovia e Estação levam quase metade do bolo
A maior fatia das verbas respeitantes ao PIDDAC para 2007, no distrito de Aveiro, vai para as grandes obras, como o terminal de Cacia e a ligação ferroviária ao porto de Aveiro (32,0 milhões de euros) e a nova estação da CP de Espinho (22,4 milhões de euros), e para a modernização e investimento empresarial, no âmbito do PRIME, com uma dotação de 16,3 milhões de euros.
Por concelhos, e feitas as correcções às obras que o PIDDAC teima em creditar em concelhos errados, Aveiro é o que vai receber mais dinheiro (37,0 milhões de euros), seguindo-se Espinho (23,2 milhões de euros), Castelo de Paiva (9,2 milhões de euros), Ílhavo (9,1 milhões de euros), Santa Maria da Feira (8,1 milhões de euros), Albergaria-a-Velha (2,4 milhões de euros), Oliveira de Azeméis (2,1 milhões de euros), Anadia (1,7 milhões de euros) e Arouca (1,1 milhões de euros).
Com menos de um milhão de euros foram contemplados os concelhos de Murtosa (788 mil euros), Águeda (628 mil euros), Ovar (602 mil euros), Mealhada (484 mil euros), S. João da Madeira (307 mil euros), Sever do Vouga (229 mil euros), Estarreja (150 mil euros), Oliveira do Bairro (129 mil euros) e Vale de Cambra (55 mil euros). O concelho que menos recebe é Vagos com cinco mil euros.
O corte nos investimentos do Estado afecta quase metade dos concelhos do distrito. Anadia, Aveiro, Arouca, Castelo de Paiva, Mealhada, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Ovar, Santa Maria da Feira e Sever do Vouga são os únicos municípios que viram aumentar as verbas do PIDDAC.


Com a devida vénia, do jornal "O Aveiro"

07 março 2008

Roteiro da Lampreia e da Vitela em Sever do Vouga

A partir de hoje, e até ao próximo dia 16, cinco restaurantes entram na Rota da Lampreia e da Vitela, organizada pela Câmara de Sever do Vouga e Associação Empresarial de Sever do Vouga, Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha.
A lampreia do Vouga - apesar de escassa este ano, devido à pouca pluviosidade - é conhecida pela qualidade, decorrente de ser mais dura que a capturada na ria. Daí a procura, que se deverá intensificar nos próximos dias, para comer a lampreia das mais diversas formas. Diz-se da lampreia que ou se adora ou se detesta. Foi a pensar nestes últimos que a organização juntou a vitela assada com batata e arroz do forno. "A qualidade do animal e o forno a lenha são fundamentais", explica Gracinda Castro, cozinheira do "Vitorino". A vitela é temperada de véspera com sal, picante, colorau, louro, salsa, cebola, alho, azeite, óleo, toucinho, banha e vinho branco. No dia, junta-se as batatas e vai duas horas ao forno.
SABER MAIS
Como ir Para quem vem do Norte ou do Sul, o melhor é entrar na A1, sair em Albergaria-a-Velha e seguir na A25 em direcção a Viseu. Saia no nó de Sever do Vouga e só tem de andar uma dezena de quilómetros.
PREÇOS
Nos restaurantes que integram a Rota (Santiago, Quinta do Barco, Praia Fluvial, Cortiço e Vitorino), as lampreias variam entre 30 (duas pessoas) e 60 euros (quatro). A vitela entre 7,5 (uma) e os 12,5 euros (duas).
Com a devida vénia, do JORNAL DE NOTÍCIAS

05 março 2008

Sever do Vouga: Assembleia com revelação surpreendente

A Assembleia Municipal de Sever do Vouga, realizada na sexta-feira (dia 29), trouxe aos membros municipais algumas revelações surpreendentes, trazidas a público pelo principal partido da oposição, o PSD.

Ainda antes do período antes da ordem do dia, José Braga, antigo presidente da concelhia do PSD (perdeu as últimas eleições para António Ferreira), fez uma comunicação que se revelou surpreendente para os presentes: "Como não nos revemos no actual PSD, a partir de hoje, seis dos elementos que pertenciam à bancada dessa partido, passam a constituir uma de independentes", afirmou, anunciando que consigo estavam Joaquim Zacarias, Severo Pereira, Nuno Silva, Manuel Henriques Soares e Rui Rocha, garantindo que está a ser pensado um projecto para apresentar nas próximas eleições autárquicas.
António Ferreira respondeu, aconselhando os elementos a "aceitarem a democracia, porque é necessário respeitar os eleitores"
No período antes da ordem do dia, Elisabete Pereira, eleita do PS, questionou o Executivo sobre a localização da segunda barragem de Ribeiradio, que motivou resposta imediata de Manuel Soares, presidente da Câmara Municipal de Sever do Vouga. "Vai ficar na represa dos Mortinhos, que vai obrigar à construção de um novo troço na Estrada Municipal 569, que liga a ponte de Pessegueiro do Vouga à Ermida, enquanto a barragem de Vilarinho vai ser desviada 700 metros para juzante, mais próximo do lugar da Ribeirada", anunciou.
A eleita do PS quis ainda saber pormenores sobre a realização do Festival da Terra, que vai abordar, em Sever do Vouga, questões relacionadas com o ambiente. Esta iniciativa vai decorrer entre os dias 5 e 8 de Junho e está intimamente ligada aos princípios de elaboração da Agenda 21 Local, que faz parte das grandes linhas de orientação do município.

TRIBUNAL PERDE ALGUNS SERVIÇOS
A questão da alteração do mapa judiciário em Portugal foi outro dos temas importantes discutidos na sessão. Almeida e Costa, presidente da Assembleia Municipal, deu a conhecer que o tribunal não iria encerrar, como se "fez circular pelo município, enquanto Manuel Soares anunciou que "vamos passar a ter dois juízos (pequena/média instância civil e criminal, este com moldura penal até aos oito anos) e estamos a fazer esforços para que o Tribunal de Menores fique em Aveiro e não passe para Estarreja como tem sido noticiado".
Francisco Veloso, eleito do PP, manifestou a sua preocupação nas notícias que ouvia. "Começamos a perder competências porque o Estado começa a ver-nos como um concelho do interior", disse, revelando que "o tribunal vai fechar a médio/longo prazo, sendo esta uma situação grave e preocupante".
No período antes da ordem do dia, Albano Macedo, do PS, mostrou-se muito crítico em relação à Confraria Gastronómica de Sever do Vouga. "Resta um traje e nada mais, os seus elementos devem mostrar dinamização", afirmou.
Joaquim Zacarias, agora elemento dos "independentes" saídos do PSD, acusou Manuel Soares de ter "gasto 30 milhões de contos em 18 anos sem se saber onde foram empregues, o que achamos de inqualificável" e considerou que a recente visita de José Sócrates a Sever do Vouga foi feita com "secretismo, quase a dizer que os severenses são terroristas".
O presidente da Câmara Municipal retorquiu, acusando de "inqualificável a campanha que andam a fazer contra a autarquia".
Quanto à visita do Primeiro-Ministro, o autarca revelou que "fui convidado na véspera".
A terminar, a Assembleia Municipal aprovou, por maioria, os regulamentos do Conselho Municipal de Segurança e de utilização do Centro de Artes e Espectáculos, e também a isenção de taxas de Imposto Municipal de Imóveis ao Vougapark.

Com a devida vénia, do jornal LITORAL CENTRO