
O plano de investimentos prevê ainda a interligação de linhas entre Avanca e Murtosa e a colocação de um cabo submerso na Ria de Aveiro para servir S. Jacinto e a Torreira. Será o terceiro cabo submerso do país, num investimento superior a 665 mil euros, destinado a criar alternativas de abastecimento, revelou fonte da empresa.
O projecto, cujo processo de licenciamento está a ser centralizado pela Administração do Porto de Aveiro (APA) e aguarda ainda pareceres do Ministério do Ambiente e das autarquias, visa acabar com as falhas de energia nas zonas de S. Jacinto e da Torreira, de onde provêm a maioria das queixas de consumidores no distrito, contando a EDP que em meados do próximo ano possa entrar em funcionamento.
A revelação foi feita pelo director de rede e clientes do Porto, António Santos Ferreira, na apresentação do Plano Específico para a Melhoria da Qualidade do Serviço no Distrito de Aveiro, que prevê um investimento global de três milhões de euros.
A EDP apenas possui cabos submersos no Barreiro e em Olhão, e pretende que o da Ria de Aveiro seja instalado entre o cais de granéis sólidos do Porto de Aveiro e o posto de transformação de S. Jacinto, numa extensão de cerca de 800 metros.
O processo de licenciamento está a ser centralizado, a pedido da EDP, pela APA, que já emitiu o seu parecer favorável, e passará a beneficiar de uma saída directa da subestação da Gafanha para as instalações portuárias.
Ainda em falta, mas "dentro dos prazos", estão os pareceres do Ministério do Ambiente e das câmaras de Aveiro e de Ílhavo.
Luís Carvalho reconhece que se trata de uma obra com algumas condicionantes, por atravessar o principal canal de navegação, com fundos móveis e onde transitam navios de grande calado.
O local está também inserido na Rede Natura 2000, mas o responsável pela área operacional de Aveiro está confiante no licenciamento, dado que já existe na mesma zona o pipeline que liga o Porto de Aveiro ao complexo químico de Estarreja.
Com a devida vénia, da Agência Lusa/MSO.