Jorge Ferreira, fundador do PND, faleceu ontem de manhã, aos 48 anos, vítima de doença prolongada.
Jorge Ferreira era advogado de profissão, tendo a par dessa actividade sido líder parlamentar do CDS-PP entre 1996 e 1998. Durante a liderança de Manuel Monteiro no partido foi ainda vice-presidente dos democratas-cristãos, o que prolonga uma ligação com Monteiro que vinha já desde a Juventude Centrista e se manteve em Novembro de 2003 com a fundação do PND (Partido da Nova Democracia).
Jorge Ferreira em Cedrim
Em 26 de Novembro de 2005 Jorge Ferreira esteve em Cedrim no "Conversas na Aldeia" (na foto com a Dra. Susana Barbosa, comigo e com o Dr. Manuel Monteiro) num evento organizado pela Junta de Freguesia.
Recordo-me do dia em que resolvi entrar para o PND (no início de 2005) e a Dra. Susana Barbosa, como Coordenadora Distrital de Aveiro, me convidou para um jantar em Aveiro, a fim de acertarmos detalhes. A meio do jantar recebeu um telefonema que lhe dava conta que havia a possibilidade do Dr. Jorge Ferreira ser Cabeça-de-Lista do PND de Aveiro. Eu não queria crer... "O Dr. Jorge Ferreira? Aquele que já foi líder da bancada parlamentar do CDS e candidato à Câmara Municipal da Amadora?", interroguei eu. O Dr. Jorge Ferreira era uma pessoa que me fascinava como parlamentar e um político que tinha como referência.
A minha primeira reunião com o partido ocorreu pouco depois em Vale de Cambra. Nessa reunião já estava presente o Dr. Jorge Ferreira e traçavam-se as linhas orientadoras para as Legislativas de 2005, que ocorreriam em Março.
Nos finais de 2005 acompanhei o Dr. Jorge Ferreira e a Dra. Susana Barbosa numa reunião com o Prof. Élio Maia (Presidente da Câmara Municipal de Aveiro). Em causa estava o destino a dar ao antigo Estádio Mário Duarte e a situação financeira da autarquia aveirense. Apesar de lisboeta revelou conhecer bem a realidade aveirense, um distrito ao qual deu especial atenção durante os últimos quatro anos, com crónicas semanais no jornal "Diário de Aveiro".
Em finais de 2006 apresentei uma proposta numa reunião nacional do PND para que fossemos contra o fim do Porte Pago à imprensa local e sugeri que visitássemos alguns jornais regionais. O Dr. Jorge Ferreira foi das únicas vozes contra. Dizia ele, com determinação, que era contrário a todo o tipo de subvenções às empresas. Estas não devem sobreviver porque são subsidiadas, defendia. Contudo, a maioria foi ao encontro da minha proposta e o Dr. Jorge Ferreira, refém da democracia, aceitou (com as devidas reservas e os meus argumentos de transmissão da lusofonia que a imprensa regional representa) a decisão da Direcção Nacional.
Guardo dele uma boa disposição sempre presente. Recordo um almoço em Lisboa, próximo do Hotel Altis, após o término do 3º. Congresso do PND, em Novembro de 2006. Fervoroso adepto do Benfica (assunto que gostava de brincar com ele) e inseparável do cigarro, deixou-nos ontem... Até sempre amigo! Que a alma descanse em paz!
"Morreu o amigo", diz Manuel Monteiro
Numa primeira reacção à morte de Jorge Ferreira, Manuel Monteiro lamentou o desaparecimento do amigo: "Na vida podemos ter amigos. O Jorge Ferreira não era um amigo, mas o amigo". Manuel Monteiro lamentou a morte daquele que foi sempre o seu braço direito, o amigo "autêntico, verdadeiro, leal e combativo".
Num elogio às qualidades daquele que era o seu "braço-direito" na política, Manuel Monteiro sublinhou que "se é verdade que há pessoas que se preocupam mais com o ter do que com o ser, Jorge Ferreira não se preocupava sequer em aparentar ser. Ele era autêntico, verdadeiro, leal e combativo. Foi das pessoas mais inteligentes que tive a oportunidade de conhecer em toda a minha vida".
Jorge Ferreira "era um homem brilhante, que lutou até ao fim. Mesmo sabendo que a morte se aproximava, nunca desistiu da vida", acrescentou.
Jorge Ferreira era advogado de profissão, tendo a par dessa actividade sido líder parlamentar do CDS-PP entre 1996 e 1998. Durante a liderança de Manuel Monteiro no partido foi ainda vice-presidente dos democratas-cristãos, o que prolonga uma ligação com Monteiro que vinha já desde a Juventude Centrista e se manteve em Novembro de 2003 com a fundação do PND (Partido da Nova Democracia).
Jorge Ferreira em Cedrim
Em 26 de Novembro de 2005 Jorge Ferreira esteve em Cedrim no "Conversas na Aldeia" (na foto com a Dra. Susana Barbosa, comigo e com o Dr. Manuel Monteiro) num evento organizado pela Junta de Freguesia.
Recordo-me do dia em que resolvi entrar para o PND (no início de 2005) e a Dra. Susana Barbosa, como Coordenadora Distrital de Aveiro, me convidou para um jantar em Aveiro, a fim de acertarmos detalhes. A meio do jantar recebeu um telefonema que lhe dava conta que havia a possibilidade do Dr. Jorge Ferreira ser Cabeça-de-Lista do PND de Aveiro. Eu não queria crer... "O Dr. Jorge Ferreira? Aquele que já foi líder da bancada parlamentar do CDS e candidato à Câmara Municipal da Amadora?", interroguei eu. O Dr. Jorge Ferreira era uma pessoa que me fascinava como parlamentar e um político que tinha como referência.
A minha primeira reunião com o partido ocorreu pouco depois em Vale de Cambra. Nessa reunião já estava presente o Dr. Jorge Ferreira e traçavam-se as linhas orientadoras para as Legislativas de 2005, que ocorreriam em Março.
Nos finais de 2005 acompanhei o Dr. Jorge Ferreira e a Dra. Susana Barbosa numa reunião com o Prof. Élio Maia (Presidente da Câmara Municipal de Aveiro). Em causa estava o destino a dar ao antigo Estádio Mário Duarte e a situação financeira da autarquia aveirense. Apesar de lisboeta revelou conhecer bem a realidade aveirense, um distrito ao qual deu especial atenção durante os últimos quatro anos, com crónicas semanais no jornal "Diário de Aveiro".
Em finais de 2006 apresentei uma proposta numa reunião nacional do PND para que fossemos contra o fim do Porte Pago à imprensa local e sugeri que visitássemos alguns jornais regionais. O Dr. Jorge Ferreira foi das únicas vozes contra. Dizia ele, com determinação, que era contrário a todo o tipo de subvenções às empresas. Estas não devem sobreviver porque são subsidiadas, defendia. Contudo, a maioria foi ao encontro da minha proposta e o Dr. Jorge Ferreira, refém da democracia, aceitou (com as devidas reservas e os meus argumentos de transmissão da lusofonia que a imprensa regional representa) a decisão da Direcção Nacional.
Guardo dele uma boa disposição sempre presente. Recordo um almoço em Lisboa, próximo do Hotel Altis, após o término do 3º. Congresso do PND, em Novembro de 2006. Fervoroso adepto do Benfica (assunto que gostava de brincar com ele) e inseparável do cigarro, deixou-nos ontem... Até sempre amigo! Que a alma descanse em paz!
"Morreu o amigo", diz Manuel Monteiro
Numa primeira reacção à morte de Jorge Ferreira, Manuel Monteiro lamentou o desaparecimento do amigo: "Na vida podemos ter amigos. O Jorge Ferreira não era um amigo, mas o amigo". Manuel Monteiro lamentou a morte daquele que foi sempre o seu braço direito, o amigo "autêntico, verdadeiro, leal e combativo".
Num elogio às qualidades daquele que era o seu "braço-direito" na política, Manuel Monteiro sublinhou que "se é verdade que há pessoas que se preocupam mais com o ter do que com o ser, Jorge Ferreira não se preocupava sequer em aparentar ser. Ele era autêntico, verdadeiro, leal e combativo. Foi das pessoas mais inteligentes que tive a oportunidade de conhecer em toda a minha vida".
Jorge Ferreira "era um homem brilhante, que lutou até ao fim. Mesmo sabendo que a morte se aproximava, nunca desistiu da vida", acrescentou.
Sem comentários:
Enviar um comentário